O Brasil é um país de dimensões continentais, no
entanto até o final do século passado o mercado de passagens aereas
nacionais estava restrito aos turistas com maior poder aquisitivo.
Naquela época o preço das passagens nacionais era muito superior ao
preço das passagens de onibus e muitas pessoas viajavam por dias para se
deslocar através do pais. Aproveitando-se dessa caracteristica a BRA
iniciou suas operações vendendo passagens aereas num sistema de
fretamento para o Nordeste por menos da metade do preço praticado na
época pelas outras linhas aereas brasileiras, porém o inconveniente era
que seus vôos estavam sujeitos a grandes variações de horários.
Logo a seguir iniciaram-se os vôos da GOL que vinha
com a proposta de baixo custo, baixas tarifas. Inicialmente o preço das
passagens aereas não era tão barato como o da BRA mas seus vôos eram
regulares e embora houvessem muitas escalas os passageiros já podiam
contar com vôos em horários pré-determinados.
As principais concorrentes da época eram VARIG, TAM e
VASP, sendo que destas apenas a TAM conseguiu se adaptar as profundas
transformações pelas quais passaria o setor de passagens aereas
nacionais nos anos a seguir.
Aproveitando que os aviões permanciam parados durante
a noite a GOL obteve autorização para vender passagens aereas mais
baratas em vôos nacionais durante as madrugadas que ficaram
conhecidos como "corujões". Enquanto isso dificuldades de a
dministração e a forte concorrência da GOL acabaram encerrando as
vendas de passagens aereas pela BRA.
Posteriormente com a quebra da VARIG a TAM Linhas
Aereas realizou um grande esforço para se tornar a companhia aerea lider
no mercado de passagens aereas nacionais, e vem conseguindo manter essa
liderança, porém profundas adaptações em seu modelo de negócio tiveram
que ser realizadas para que pudesse também fazer promoções de passagens
aereas e oferecer descontos nas tarifas promocionais que a tornassem
competitiva frente a GOL.
Lentamente depois de uma expansão acelerada a TAM vem
buscando retomar os padrões de qualidade que fizeram sua fama, sem se
descuidar de continuar oferecendo passagens aereas baratas através de
promoções que a permitam manter a fatia do mercado doméstico já
conquistada, ao mesmo tempo em que se expande no segmento de passagens
aereas internacionais, oferecendo novos vôos para os Estados Unidos e
Europa além de incrementar as freqüências para a América do Sul.
O pequeno número de linhas aereas brasileiras tornou
propício o surgimento de uma nova companhia aerea, a Azul que em pouco
tempo (seu vôo inaugural ocorreu em 15/12/2008) já ocupa a terceira
posição no ranking de passagens aereas nacionais, devido principalmente
a agressividade de suas promoções e descontos.
Entre as companhias aereas de menor porte que atuam
no mercado nacional temos ainda a Avianca que vem gradualmente se
expandindo e que através da fusão com a Avianca da Colombia já atua
também no mercado internacional e a Webjet que faz parte do mesmo grupo
da Agencia de Viagens CVC operando muitos dos vôos fretados utilizados
pela CVC.
Além das já citadas existem ainda companhias aereas
nacionais dedicadas a aviação regional, cujo diferencial é o fato de
utilizar aviões de menor porte e vôos de curta duração, destas as
principais são a TRIP, a Pantanal (recem adquirida pela TAM) e a
Passaredo. A TRIP é a maior entre as empresas aereas nacionais regionais
cobrindo quase todos os estados brasileiros.
Acesse uma lista das atuais linhas aereas nacionais e
os destinos que operam:
Companhias Aereas Nacionais